Aquecer é importante em qualquer tipo de competição!
E o propósito do aquecimento é preparar o seu corpo para o ritmo de prova.
Entretanto, existe um aspecto de análise mais cuidadosa. Um dos desafios das provas é cruzar a linha de chegada antes de esgotar as reservas de energia.
O ponto-chave é encontrar a menor quantidade de aquecimento necessária para preparar o seu corpo para lidar com o ritmo de prova o quanto antes, salvando uma energia preciosa para os quilômetros mais adiante.
As pessoas me perguntam qual o aquecimento ideal para uma pré- prova, geralmente indico em formato de “TIROS” série de 10 a 15 segundos, uma explosão, um sprint rápido, com cadência alta.
Agora vamos falar de alongamento, eu não sou a favor de alongamento, gosto muito do “Stretching”, que são exercícios que consiste em prévio estiramento muscular de 10 a 15 segundos, dos diversos músculos do corpo, seja de forma isolada ou como parte de plano de treinamento.
Este tipo de rotina melhora também o movimento das articulações, a coordenação e o equilíbrio intramuscular.
Eles são parte importante de programas de reabilitação para liberar contraturas musculares, aderências, fibroses ou processos inflamatórios que afetam a cápsula articular, assim como produzindo rigidez aos tecidos moles e limitação à mobilidade das articulações em transtornos como artrose, artrite, capsulite ou ombro congelado, fascite plantar, encurtamento muscular e inclusive fibromialgia.
Os mecanismos
De acordo com as evidências, a literatura fala da necessidade do aquecimento para que os músculos tenham uma contração mais eficiente e aprimore seus desempenhos físicos.
Fisiologicamente o aquecimento é favorável, pois contribui para prevenir a rigidez muscular devido ao acúmulo de ácido lático nas fibras musculares.
O aquecimento geral possibilita ativar o mecanismo mais dinâmico do organismo como um todo, cuja realização mobiliza grandes grupos musculares.
O aquecimento específico consiste em exercícios direcionados (tapas na musculatura, tiros de velocidade e etc.), visando grupos musculares mais selecionados de acordo com a prova, provocando assim a redistribuição do sangue e com isso o seu metabolismo muscular fica mais eficiente.
Os padrões de fluxo sanguíneo alteram-se significativamente na transição do repouso para o exercício, o mecanismo de redistribuição do fluxo sanguíneo ocorrerá por meio da ação de vasoconstrição do sistema nervoso simpático, sendo redistribuído para longe das áreas aonde o fluxo não necessita ser “elevado ou essencial”, e sim para as áreas que são ativas durante a prática do exercício.
Digo que apenas de 15 a 20% do débito cardíaco total em repouso é direcionado para os músculos. Entretanto, durante um exercício de alta intensidade por exemplo, os músculos envolvidos na exercitação poderão receber em média de 80 a 85% do débito cardíaco total.
Obviamente a quantidade do redirecionamento do fluxo sanguíneo para os músculos ativos dependerão da intensidade do exercício e da condição física atual do praticante.
É possível que os exercícios de alongamento diminuam o rendimento muscular?
Embora sempre se insista em realizar alongamentos do músculo anteriormente à atividade física, os atletas podem notar que isso pode diminuir o rendimento, uma vez que dessa maneira o músculo relaxa.
Este fenômeno é mais evidente com os alongamentos estáticos, da qual se alonga o músculo de forma lenta e sustentável, mantendo-o em posição de máximo alongamento por alguns segundos antes de relaxar.
Por isso digo que prefiro iniciar qualquer tipo de atividade com aquecimentos rápidos, deixando os mais passivos para o final.
Os alongamentos dinâmicos consistem em movimentos repetitivos curtos e suaves, com atividades de mobilidade articular, das quais se realiza o movimento de todo o corpo e inclusive dos alongamentos como parte desta rotina, permitindo conseguir uma maior agilidade e favorecendo a coordenação e naturalmente o despertar dos músculos que serão exigidos durante qualquer prova.
Forte abraço!
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